For the good times
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Ontem foram duas tentativas de fazer café. Na primeira esqueci de por café na cafeteira, passei água suja. Na segunda, esqueci de ligar a cafeteira. Tenho um amigo que é imbatível: passou café solúvel. Café é sempre bom, mas se você tem TDDA -ou seja lá qual for a sigla do momento para definir o déficit de atenção- ele potencializa o grau de insanidade e você fica como uma biruta enlouquecida num vendaval. Não que eu tenha isso, de fato, ou num grau elevado, mas é muita distração num corpo só. O que me preocupa é que esquecer de por café ou ligar a cafeteira é só UMA das pequenas distrações diárias que se acumulam ao longo de um dia. São várias, que tornam a existência pouco produtiva, do ponto de vista prático. Tenho um outro amigo que é adepto da gourmetização do café. Acho um saco, café é café. "Ah, mas esse é moído na hora e tem grãos de fezes de pássaro-elefante de Madagascar". Blargh, me dá só um café, por favor. E tire essa tal stevia de perto de mim. Era só que faltava, a gourmetização dos adoçantes. Café, quem vive sem café? Lembro de um dia estar no mercado com meus tios. Eu tinha uns sete anos e tinha aprendido a ler. Então comecei a ler a marca de cafés em voz alta. Café Damasco, Jubileu F (é, tinha essa marca). Então, uma garotinha que estava perto de mim, e não sabia ler, mostrou para a mãe dela: "OLha, Jubileu F." A mãe falou brava "não é não", bem ríspida. A menina me olhou com uma cara de "ei, você me sacaneou". Eu achei engraçado e não disse nada.
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Escrito por Benett às 19h02
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